domingo, 1 de dezembro de 2013

Brian Earl Spilner

“...Talvez por isso doa tanto. Aquele cara na frente das câmeras representava nós, atrás delas. Todo sonho de pivete de ter um carro com a sua cara, seja lá qual fosse ela e fazer o que quisesse com ele. Ele fazia. Não se ofendam quando eu digo ícone. Ok, temos tantos outros por ai, Ayrton Senna é um belo exemplo. Mas é aquele deslumbramento de domingo, na frente da Tv pensando "porra, o cara é bom". Paul Walker não, era o deslumbramento do dia a dia. Estar andando na rua e de repente se imaginar contornando aquela curva perfeita com um Skyline prata e azul. Paul Walker era nosso herói Daily Driven.“ Esse fragmento de texto, texto esse postado na página “Selfmade” do Facebook, talvez seja o que melhor traduza meus sentimentos sobre o Paul... E é partindo dele que vou dissertar por aqui. Passei meu sábado entre uma reunião de amigos e a casa da minha namorada... Apesar do tempo feio tipo “chove-não-molha”, tive um dia bom. Cheguei em casa pouco mais de 1:30 da manhã de domingo já, quando abro meu Facebook e vejo um post d um amigo perguntando se era verdade que o Paul Walker havia morrido no fim da tarde de sábado, antes fosse mentira... A cada link que eu abria, mais aquilo se confirmava, mais noticias, mais esclarecimentos, mais tristeza, mais pesar... Era verdade, e como se não bastasse ser verdade, ainda foi de um jeito violento, pesado, ruim... E tão repentino, tão fora de contexto... Fast & Furious foi um divisor de águas na vida dos apaixonados por carros, não há como negar isso! Goste ou não goste, vc ouviu falar dele, do filme, da sequência, da saga... Vc direta ou indiretamente, viu a cena automobilística crescer, se globalizar, se popularizar em muito por causa dessa franquia... E o que seria dessa franquia sem o Paul? O que seria da nossa juventude sem o Brian? Aquele moleque tímido que, por conta de sua carreira policial e suas habilidades no volante, foi designado pra investigar o mundo dos “pegas” pra descobrir a origem dos roubos de carga na região e que, se envolveu tanto com as pessoas, com a paixão pelos carros e pela relação de família e amizade verdadeiras que se tem nesse mundo, que virou sua vida do avesso e percebeu que há coisas muito maiores do que certo ou errado, bem ou mal... Por causa do personagem, vc acaba conhecendo a pessoa e quando vc conhece a pessoa, vc descobre q ela não é só mais um rostinho bonito que enlouquece as mulheres e dá dinheiro pra campanhas publicitárias por aí, vc descobre que o cara é apaixonado por carros de verdade! Vc percebe que a maior paixão da vida do cara é dirigir, pilotar... Vc percebe que o cara é uma pessoa tão extraordinária, que em todos os lugares que trabalhou só emanou admiração pela sua qualidade de ser humano... Vc percebe que aquele elenco todo da franquia que vc é fã, se envolveu de tal forma que virou uma família de verdade! Vc percebe que, acima de tudo isso, o cara ainda era preocupado com o próximo, com o futuro do planeta, era filantropo, fundou e mantinha uma instituição de caridade e ajuda aos necessitados e vítimas de desastres naturais pelo mundo chamada Reach Out World Wide (que em bom Português significa: Alcançando Todo o Mundo), lendo sobre a instituição vc percebe que ele não somente havia fundado uma coisa assim pra ficar bem na foto fazendo propaganda de sua boa vontade e enviando doações pelos correios... Não, Paul Walker fazia QUESTÃO deu acompanhar de perto as ações de sua organização visitando todos os lugares onde se prestava assistência, fosse onde fosse, em qualquer lugar do mundo! E, por ironia do destino (pra não dizer uma piada de mau gosto...) ele morreu saindo de um evento de caridade, uma exposição de carros que ele organizou para arrecadar brinquedos para crianças carentes... Passou o dia feliz e, quando foi dar uma volta de Porsche com seu amigo e sócio Roger Rodas, Roger perdeu o controle do Porsche e os dois perderam suas vidas. Neste sábado, 30 de novembro, nós perdemos um bom ator, um personagem lendário, um ícone de uma geração mas, acima de tudo, perdemos um ser humano maravilhoso que só fazia o bem, pura e simplesmente, por onde passava, que sempre estava sorrindo, que sempre espalhava positividade e humanidade... Porquê? Não sei... Não sei qual é o plano do universo e, sinceramente, depois desse fim de semana, eu nem quero mais saber... A única coisa que eu sei é que me sinto como se tivesse perdido um membro da família, um irmão, um amigo próximo... Que estou sentindo uma dor muito grande por alguém que nunca conhecí pessoalmente mas que fez um bem tão grande a tanta gente enquanto esteve vivo, direta ou indiretamente, que não merece ser esquecido nunca! Vai em paz irmão, Muito obrigado por ter passado por aqui! Olhe por nós... Meus pêsames e condolências à família Walker, à família Fast & Furious e à todos os fãs... Ah, antes que eu me esqueça, dizem que a primeira impressão é a que fica não é? Poisé, escolhí esse título por isso, pois foi assim q conhecí Paul Walker, com o nome falso de agente da polícia, e pq foi alí que tudo começou... Arthur Bergamin de Souza, 02/12/2013.

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